sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Som do Silêncio





Logo depois de eu começar a trabalhar como chefe da divisão de uma editora, conheci Douglas, o diretor de marketing. Fiquei impressionado com a habilidade que ele tinha de lidar com as pessoas e torci para que um dia viesse a trabalhar com ele. No entanto, nos meses que se seguiram, os investimentos inconsequentes de Douglas e os gastos que fazia, estourando todos os orçamentos, ficaram terrivelmente aparentes.

Comecei a me distanciar dele. Eu, que tinha o hábito de passar por sua sala para bater um papo, passei a evitá-lo. Descontente com o desempenho de Douglas, optei por ignorá-lo, em vez de correr o risco de comprometer a aparente paz que reinava na empresa. 

O silêncio que eu achava capaz de preservar a a tranquilidade acabou de tornando uma ferida cada vez maior e mais dolorosa. Destruiu a minha amizade com Douglas, bem como pôs fim à criatividade que ele possuía e era uma de suas principais contribuições para a empresa.

Anos depois da demissão de Douglas, lembrei-me da exortação que Bobbie e eu ouvimos da parte de John Powel : "Não existe esse negócio de falta de comunicação", ele disse. Mesmo quando não estamos conversando, estamos nos comunicando. 

                                                              Robert Wolgemuth, Daddy@Work



"As pessoas que destroem seus relacionamentos costumam fazê-los valendo-se das coisas que não são ditas, e não das que são verbalizadas"

   John Powell

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