Em uma manhã de céu limpo, em janeiro de 1986, o ônibus espacial Challenger explodiu no ar, matando todos os astronautas a bordo. Voltemos um ano no tempo. Roger Boisjoly, cientista experiente contratado pela Nasa, encontra graxa queimada em anéis parcialmente gastos em função da viagem anterior da nave. Ele suspeita que as baixas temperaturas às quais o ônibus espacial foi submetido tenham danificado os anéis de borracha, rompendo a selagem e permitindo que os gases quentes do foguete propulsor escapem.
Boisjoly realiza testes de laboratório. A 23 graus Celsius, os anéis primários perdem a capacidade de selagem por 2,4 segundos. A 10 graus, por dez minutos. O anel de reserva permanece selado. Mas a temperaturas muito baixas, ele conclui, nenhum dos anéis mantém a capacidade de selagem, o que provocaria uma explosão no foguete propulsor. Boisjoly então leva a questão ao alto escalão da Nasa.
No dia anterior ao lançamento do ônibus espacial, a temperatura é de 8 graus negativos. Boisjoly insiste que a temperatura deve ser de, no mínimo, 12 graus para que a nave possa ser lançada em segurança. Um oficial do alto escalão da Nasa responde : “Meu Deus, para quando você quer que eu marque esse lançamento? Abril?”
Os gestores contratados votaram pelo lançamento. Quatro votos à zero.
"É fácil saber todas as respostas quando você não se importa em ouvir as perguntas"
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